Prague International Marathon 2023: o sub-3 chegou com justiça poética

O mundo da corrida pode ser muitíssimo ingrato. Podemos trabalhar meses e meses a fio, fazer tudo certo e, no dia da verdade, as coisas simplesmente não saírem. Mas também consegue ser recompensador para quem não desiste, para quem faz as coisas bem e sabe esperar sem desesperar pela hora da recompensa. E depois há o karma… Quem faz o bem sem esperar nada em troca, mais cedo ou mais tarde terá a sua recompensa, não é verdade?

Foi com essa sensação de uma justiça quase poética que saí de Praga no último domingo. No ano passado vivi uma das minhas piores experiências em maratona e voltar ali, a uma das minhas cidades preferidas, tinha essencialmente como propósito reconciliar-me com esta prova e conseguir dela tirar boas recordações que fossem capazes de apagar o susto de 2022. No final, apaguei o susto e tive um dos melhores dias da minha vida. O sonhado sub-3.

Fazer tudo certo

Quando cheguei a Praga, na sexta-feira de manhã, estava com aquela sensação de que podia ser o fim de semana perfeito. Sabia que aquela prova estava longe de ser a ideal para consegui-lo, mas também sabia que, quando há vontade, quando queremos muito algo, nada me poderia impedir de pelo menos tentar chegar ao sub-3. Do que dependesse de mim, ia dar tudo e fazer tudo de forma perfeita.

As horas que antecederam a maratona foram do mais certinho que me recordo de ter feito. Alimentei-me bem, hidratei ainda melhor, não exagerei no passeio (são as vantagens de já conhecer todos os recantos desta belíssima cidade), fiz um treino de ativação sem loucuras e consegui descansar e dormir muito bem… Enfim, tudo o que era preciso fazer bem, foi bem feito.

A alimentação será provavelmente o ponto que mais orgulhoso me deixa. Porque, estando no Hotel Hilton, tinha acesso a um buffet recheado de coisas boas e muitas tentações. Não seria isso que me iria atrasar em demasia na prova, mas era uma questão de foco, de manter a mente alinhada para que fizesse tudo de forma perfeita. Fosse ao pequeno almoço, almoço ou jantar, nunca me desviei um segundo das melhores opções para aquele momento. Arroz, massa, batata, fruta, pão… Era uma ‘carbs party’. Mas tinha de ser…

Na hidratação, sem ter certeza das contas, mas diria que facilmente bebi mais de 4 litros neste sábado pré-prova. Fiz uso do Hydra Zero da 226ers, que cada vez mais me convence para a hidratação pré-prova. Passei a tarde toda de garrafa na mão e a ir de hora a hora à casa de banho. Menos mal que passei esse tempo todo no quarto, a descansar e a ocupar a mente com séries e filmes. Num ápice, as horas iam passando e o momento ia aproximando-se.

E depois o cansaço que (não) apliquei no corpo na véspera. De manhã cedo fui fazer um treino de ativação com o André Pinto, que no dia seguinte seria peça fundamental para o meu feito. Fiz cerca de 7 quilómetros, com 4 retas pelo meio, num ritmo vivo, mas sem parecer demasiado exigente. Acabei e pensei para mim. “Desta vai sair!”.

Às 23 e 30, depois de um jantar de convidados da RunCzech, estava na cama. Antes da meia noite já dormia…

Sexta-feira

6h10 – voo de Lisboa para Praga
10h40 – chegada a Praga
12h00 – chegada ao hotel, arrumar mala e almoçar
14h00 – ida à feira
16h00 – regresso ao hotel após pequeno passeio na cidade
17h00 – descansar
19h30 – jantar
20h30 – curto passeio junto do hotel
22h30 – dormir

Sábado

7h40 – acordar
8h20 – treino de ativação (7k)
9h00 – regresso ao hotel
9h40 – pequeno almoço
10h00 – descansar
12h30 – almoço
13h15 – curto passeio junto do hotel
13h45 – regresso ao hotel
14h30 – descansar
17h00 – reunião técnica
17h30 – descansar
19h30 – saída para jantar
22h30 – regresso ao hotel
23h30 – dormir

O dia da verdade

O despertador tocou às 6h20. A noite de sono, não tendo sido perfeita, foi bastante satisfatória. Acordei e sentia-me fresco. Pronto para o que dali viesse. Levantei-me, olhei a janela e vi como estava o dia. Nublado, sem chuva, mas com ar de que estaria fresco. Bom sinal…

Como tinha tudo preparado de véspera, limitei-me a vestir, a colocar tudo o resto na mochila e descer para o pequeno almoço. Aí, sem exageros, que era apenas o último passo. A fórmula foi uma bastante conhecida por estas bandas. Não tinha por que inventar.

  • 2 fatias de pão com compota e 1/2 banana
  • 1 copo de sumo de laranja
  • 1 meia de leite
  • 1 café duplo

Pequeno almoço tomado e era hora de apanhar o transfer rumo à partida, onde cheguei a faltarem uns 80 minutos para o início da prova. Dava tempo para tudo. Caminhar um pouco, relaxar, meditar, ir à casa de banho pelo menos três vezes, deixar a mochila no bengaleiro e sair para aquecer. Comecei o aquecimento pelas 8h35. Foram apenas 5 minutinhos, mais umas retas. Estava bem, estava soltinho. Estava pronto para a batalha.

A pouco mais de uma hora do grande momento

9h00 – Boom!

O plano de prova estava definido à partida. Era o mesmo de Frankfurt. Começar mais lento, fazer uma passagem à meia em 1:30.30 e, na segunda metade, recuperar os 30 segundos ‘perdidos’ e fazer o sub-3 ali por volta das 2:59.30. Era um plano ambicioso, mas com cabeça, tronco e membros. Tinha de ser assim, porque uma maratona sem plano ou estratégia é uma receita perfeita para o fracasso.

0 aos 10 quilómetros
42.37 (4’16/km)

O começo de maratona terá sido do mais insólito e dramático que me recordo. Especialmente tendo em conta o desenlace da mesma. Arranquei e rapidamente encaixei o meu ritmo nos 4’20 sem grandes problemas, mas ao fim de 600 metros, de forma caricata, já estava no chão. Tropecei, caí, bati de anca esquerda no chão e, por uma fração de segundos, fiquei ali meio à toa. Mas tão rápido quanto caí, tão rápido me levantei. Terei perdido uns 5 segundos neste momento. Acho que a adrenalina nem me permitiu interiorizar o que acabara de acontecer.

Ainda algo combalido, a sentir alguma dor da pancada, procurei de imediato reentrar no ritmo e não pensar muito mais naquilo. O ponto positivo foi uma espécie de alerta que aquilo me deu para, nos 42 quilómetros seguintes, ter um cuidado redobrado com o piso. O empedrado não era de má qualidade, mas qualquer deslize, qualquer distração podia ter sido fatal. Se a primeira queda não me deixou mal, uma segunda podia ser a morte do artista.

Quando ainda ia a solo. Empedrado, empedrado everywhere…

O que se seguiu foi a prova de que a queda não deixou marcas (pelo menos não na altura). Ou que a adrenalina estava nos píncaros. De forma automática encaixei num ritmo forte e aos 5 quilómetros passava num parcial algo mais rápido do que pretendia. A minha ideia era passar em 21.15. Fi-lo em 21.05. Sim, eram só 10 segundos, mas contando que tive uma queda… a ideia teria sido perder uns segundos e não ganhar.

Os quilómetros seguiam-se e o ritmo era quase metronómico – nesta fase optei por levantar ligeiramente o pé para compensar o que tinha corrido a mais. Uns parciais mais rápidos, outros mais lentos, mas a média andava ali sempre pelos 4’15/4’16. Era algo mais rápido do que desejava. Passei aos 10 quilómetros em 42.37. Eram 23 segundos mais rápido do que queria nesta fase: os 43.00. Eu tentava ir mais lento, mas sentia que não fazia sentido travar o movimento natural. Deixei-me ir.

O mais incrível, olhando agora, é ver que fiz uma prova altamente regular mesmo que o piso e o perfil da prova tenham sido tudo menos propícios. Entre o piso empedrado, os carris que obrigavam a pequenos desvios, aos ligeiros topos a cada ponte… como consegui manter este ritmo assim constante, ainda não faço ideia!

10 aos 20 quilómetros
42.29 (4’15/km)
Tempo de prova – 1:25.06 (4’15/km)

Nesta fase, depois de passar nos 10 quilómetros algo mais rápido, queria manter o ritmo nos primeiros 5 quilómetros e aumentar nos seguintes. Saiu-me tudo ao lado! Dos 10 aos 15 fiz o parcial de 5k mais rápido, em 21.01. Ia controlado, mas sem confiar em demasia. Porque sabia que a maratona era um desafio demasiado grande para o desvalorizar. À memória, vezes sem conta, veio-me o que aconteceu em Frankfurt, onde depois de uma prova perfeita deixei o sub-3 dos 36 aos 39 quilómetros. Não queria que isso acontecesse e fiz questão de controlar tudo ao máximo. Fui do mais metódico que podia ser. Não queria falhar!

Sim, fiz sub-3 com a câmara na mão

E não falhei. Muito por conta do contributo sensacional de quem entrou aos 14 quilómetros para me levar à meta. O André Pinto, que estava ali a passar o fim de semana, decidiu encaixar o seu longo de domingo para me ajudar. Provavelmente prejudicou o que queria fazer nesse fim de semana, mas também saberá que fez uma boa ação. Um pouco à imagem daquela que eu fiz no ano passado. Uma vez ajudamos nós, noutra somos ajudados. É esta a magia da corrida.

Dos 15 aos 20, já com o André a comandar o barco, voltei a entrar nos parciais que pretendia e fiz esta légua em 21.28 minutos. E, lá está: sem que o perfil fosse totalmente plano ou o piso propício a correr rápido. Podia ter apoiado mal o pé em mil ocasiões nesta fase, e nunca o fiz. Acho que tinha tudo ali alinhado para dar certo. Quando me aproximo da meia maratona já via do outro lado há vários minutos muitos corredores. Cá dentro podia abalar-me, mas não foi o caso. Se calhar porque, ao olhar para o outro lado, não via nenhum grande pelotão. Eram corredores dispersos. Pouco mais de 300 iam à minha frente. Num total de 10 mil. Não ia nada mal!

20 aos 30 quilómetros
42.22 (4’14/km)
Tempo de prova – 2:07.28 (4’14/km)

Quando passo à meia maratona, o relógio não mentia. Fiz a primeira metade da prova em 1:29.45. Tinha 15 segundos de avanço para o sub-3. Mas tinha 45 segundos de avanço para o meu plano de prova. Este avanço não me garantia nada, porque no passado já fiz passagens à meia a este nível.

  • Em 2021, em Berlim, passei em 1:29.40. Acabei com 3:10.00.
  • Em Sevilha, no ano passado, passei à meia em 1:29.58. Acabei com 3:00.55.
  • Em Berlim, no ano passado, voltei a passar à meia em 1:29.37. Acabei com 3:01.01.

Não confiava. Porque a maratona não perdoa confianças em extremo. E, quando menos estamos à espera, lança-nos a marreta e ali ficamos. Sem sequer conseguirmos reagir. Neste dia não foi o caso, mas podia ter sido. E acredito que um dos trunfos para isso mesmo foi o facto de nunca ter dado o sub-3 como garantido até ao momento em que entrei na reta da meta.

Quando chego aos 25 quilómetros, novamente do outro lado da cidade – aqui já tinha perdido as contas às vezes em que passei o rio, de um lado para o outro -, vinha um dos momentos mais duros da prova. Passávamos por uma zona algo industrial, sem nada em redor. Éramos só nós e os nossos pensamentos. E o nosso sofrimento. E aqui, olhando para trás, percebo que ter ali o André também foi importante por isso. Ele estava ali não só para me proteger do vento que aqui e ali se sentia. Ia também garantindo que eu não me sentia sozinho. Aqui e ali trocávamos umas palavras. Ele puxava por mim e pelos outros corredores que, apercebendo-se da lebre de luxo que ali ia, se iam juntando ao grupo. Em determinado momento acho que chegámos a ser uns dez. Tudo em filinha indiana…

A hora das caretas tinha chegado

Dos 20 aos 25, apesar da ligeira quebra psicológica, mantive um ritmo metronómico. Outra e outra vez. Dos 25 aos 30, idem. 21.11 em ambas as léguas. Quase parecia que tinha metido o limitador. Nem mexia para cima, nem para baixo. Cheguei aos 30 em 2:07.28 horas. Continuava bem abaixo do parcial necessário para as sub-3. Eram, contas feitas por alto, uns 40 segundos. Podia perder nesta fase, nos 12 quilómetros seguintes, 3 segundos por quilómetro e, mesmo assim, o objetivo seria alcançado. Mas sabia bem que não era assim. Nem queria pensar muito no que podia perder…

30 aos 40 quilómetros
42.34 (4’15/km)
Tempo de prova – 2:50.02 (4’15/km)

Com 12 quilómetros pela frente, a prova entrava nas derradeiras dificuldades. Havia mais duas subidas algo exigentes do outro lado. Procurei, como sempre faço, abordá-la com força e depois recuperar nas descidas. A estratégia funcionou e, superada a primeira dificuldade, o ritmo seguia lá. Quando apareceu a segunda, na passagem por um viaduto, senti um pequeno ponto de fraqueza. Foi muito curto, mas foi o sinal de alerta para antecipar a ingestão do quinto gel.

Ao invés de tomá-lo a cada meia hora, reduzi a diferença no último, tomando-o aos 2:25.00. Neste momento já tinha completado o programa nutricional. E tinha saído tudo nada perfeição. Um High Energy a cada meia hora, para um total de 1000 kcal e 250 gramas de hidratos de carbono. Pelo meio, à hora de prova, mesmo que o dia não estivesse quente – longe disso! – ainda ingeri uma cápsula de sal.

Passado aquele ligeiríssimo momento de quebra, entro nos últimos 7 quilómetros. A margem de vantagem ainda seguia lá, mas notava que vinha perdendo um pouco o ritmo. Nada de mais. Nesta légua uns 5 segundos. Não era muito, mas era um sinal de alerta. Especialmente porque na memória estava Frankfurt, onde rebentara tudo em pouco mais de dois quilómetros. E isso também me fez dizer, uma ou outra vez, ao André para não agoirar. Por volta dos 35, ele começa a dizer que já estava. Mas eu sabia que ainda tanto havia pela frente.

“Será que este gajo está bem” pensou o André neste momento…

Aos 36 e 37, num dos derradeiros topos, antes de passar definitivamente para o lado da cidade, quebrei um bocadinho e faço dois parciais nos 4’17. Lá está, não era nada de absurdamente exagerado. Mas era algo… Quando entro definitivamente no lado central de Praga, sabia que faltava só um bocadinho. Eram 5 quilómetros. A minha cabeça começou a fazer contas. Faltavam 23 minutos. Eram 23 minutos para fazer 5 quilómetros. Correr a 5’/km, contando com uma eventual quebra bruta, não chegava. Tinha de ser pelo menos a 4’30.

Só que os quilómetros iam passando e a quebra não aparecia. 38, 39, 40. Os parciais estavam lá: 4’14; 4’17 e 4’15. O 39.º deu-me um dos maiores sustos da maratona, quando, à passagem do túnel onde no ano passado a minha prova terminou, me deu uma ligeira dor de burro. Tive de respirar fundo, conter a dor da forma possível e, num ápice, tudo voltou ao normal. Uffa!

Passo aos 40 em 2:50.02. Eram 10 minutos para fazer 2 quilómetros e uns pozinhos. Ainda não confiava a 100%. Mas sentia as pernas fortes para ter quase a certeza de que aquilo pelo qual trabalhei meses a fio ia finalmente acontecer.

40 aos 42.195
8.58 (4’05/km)
Tempo final – 2:59.00 (4’14/km)

Tinha 10 minutos para fazer 2.20 quilómetros. Os tais 4’30 bastavam para o sub-3. Mas aqui já não queria pensar em gerir. A minha cabeça não queria. E as pernas muito menos. Quando viro para a esquerda em direção ao centro histórico, forço ligeiramente o ritmo. Tentei que não fosse em demasia. Queria deixar isso para o último quilómetro. O André já me dizia que já estava. E eu sabia que sim. Mas não queria exagerar. Quando passamos na Praça Velha, onde no ano passado tinha sido a meta, faltava 1 quilómetro. Era hora de cerrar os dentes.

Volto à esquerda, reentro no empedrado e vou em direção à Torre da Pólvora. Já não duvidava. Aumento o ritmo. Respiro fundo, foco a minha energia em pensamentos positivos. Antes de virar à direita, antes de avisar a meta, faço o último esgar de esforço. Viro à direita e olho em frente. A meta estava ali. Sorri. Comecei a celebrar por dentro. A 500 metros da meta começo a celebrar também exteriormente. Primeiro com uma expressão de alívio. Depois com um cerrar de punho seguido de um sorriso. 400, 300, 200, 100 metros… Agora não me escapas!

Entro na reta da meta e todo eu era alívio, alegria, satisfação, sentimento de dever cumprido. Meses e meses de luta, meses e meses de altos e baixos. Neste momento, neste instante, valeram a pena. Totalmente.

O momento mais esperado. A meta estava logo ali!

2:59.00. O relógio não mentia.

Tinha acabado de alcançar o sonhado sub-3 na maratona. Com 59 segundos de margem. Acabei cansado, desgastado, mas sem a sensação de ter atingido o limite. A adrenalina ainda estava lá e provavelmente mascarou um pouco as dores, mas era essa a sensação que tinha. Mas mais do que isso, tive uma sensação enorme de alívio, uma explosão de emoções, uma sensação de missão cumprida. Foram mais de 16 meses a lutar por isto. A superar maratonas menos bem conseguidas, a superar falhanços na obtenção desse objetivo, a recuperar como podia de todas as maratonas que fui fazendo. No final de contas, sei que eu próprio tornei este objetivo em algo mais difícil de atingir. Mas se calhar não chegaria a este momento, à hora a que escrevo esta crónica, com uma tão grande sensação de realização.

Este objetivo fica para trás agora. O momento é de continuar a trabalhar. Obviamente vou abrandar e permitir também ao meu corpo celebrar e relaxar pelo feito que alcançou. Mas o trabalho não pára aqui. Há sempre mais para evoluir. Algo para melhorar. Dentro de uns dias vem Copenhaga. Uma maratona simplesmente para terminar. Depois o Rio de Janeiro. Antes de, a partir de julho, iniciar aquela que quero que seja a melhor preparação para uma maratona que já fiz. O objetivo aí era o sub-3. Mas agora tem de ser outro. Qual será? Logo veremos…

A merecida celebração

E sabem o que se seguiu à maratona? Comida, bebida… Porque nisto do pós-prova vocês já sabem que sou um craque. O pós-prova fez-se no hotel (because… all included!), mas não fugi ao Trdelník. Se forem a Praga no futuro, não podem deixar de o provar…

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